Dizem que há dois tipos de
crítica: a construtiva e a destrutiva.
Eu considero que a crítica sempre
traga em si o teor destrutivo.
Primeiro destrói a gente por
dentro: ficamos indignados porque estamos fazendo o nosso melhor e não somos
reconhecidos por isso.
Segue-se que buscamos em outras
pessoas fortalecer o nosso proceder, pessoas que apoiem a maneira como estamos
fazendo as coisas.
Depois, entramos na fase em que ficamos
meditando a respeito do que foi falado, amenizando a nossa revolta interior e
buscando saber como somos vistos pelos demais.
Porém, observo que quase ninguém vendo
o outro chateado irá, nesta situação de “calor da emoção” e perante o
“criticado” concordar com a crítica.
Só gente muito sincera, corajosa,
ou muito interessada na mudança, irá fazê-lo.
A maioria terá compaixão ao ver o
sofrimento do outro, falará somente para os demais e jamais diretamente, sobre
o que, de fato, pensa a respeito.
Afinal, as pessoas irão recordar
de situações semelhantes pelas quais foram vitimadas e ficam penalizadas.
A crítica, portanto, destrói até
o pensamento inicial das pessoas ao redor, leva as pessoas que ficaram sabendo
da crítica a uma reflexão pessoal também, destrói muros de rejeição ao
criticado, destrói parte da negatividade da situação.
Aqui, então, a crítica passa a
destruir um fato ou ato que precisa ser modificado e evolui para a crítica
construtiva.
A crítica irá construir a
evolução, a mudança, a ruptura de antigos padrões, será a semente de uma
renovação, um novo começo.
Nesta fase se fortalece em nós a
seguinte verdade: O passado não existe mais, nele nada pode ser alterado.
Esqueça-o. Você está começando hoje. Agora você faz o seu caminho. É uma nova
etapa. É a oportunidade de mudar tudo.
Sobre as aulas de Artes Digitais:
O teor da conversa, na aula de
ontem, ficou ecoando em minha mente e decidi ponderar algumas situações
comentadas pelos colegas, informalmente, quando escrevem nos grupos do facebook
ou que observei, agora mais atentamente, nas conversas extra classe e também
através de perguntas diretas aos colegas. Além disso, é claro, olhei para mim
mesma, para as minhas dificuldades pessoais.
O que podemos “apurar” quanto ao
aprendizado de artes digitais é que as aulas acontecem e prosseguem da seguinte
maneira: o professor, habitualmente, deixa de permanecer focado no ensino do
tema da matéria do dia, ele divaga em outros assuntos não correlatos, começa a
contar a sua história de vida, o seu trajeto profissional, como se fosse uma
conversa informal, os alunos começam assuntos paralelos e desviam o tema da
aula por completo, o professor não consegue prender a atenção e retomar o
ensino da matéria, os alunos conversam entre si, os alunos acessam a internet
para coisas particulares, alguns procuram usar o tempo disponível para
atividades de outras matérias, muitos saem da classe e ficam conversando na
cantina ou deixam a Universidade.
Há alunos que já sabem como
utilizar o adobe photoshop, mas a maioria é leiga no assunto.
Alunos de outros cursos
comentaram que, mesmo sem nenhum conhecimento prévio, não só aprenderam o
photoshop como também o ilustrator em aulas da mesma natureza, num único
semestre.
Os atuais alunos estão
desmotivados, desanimados e comentam entre si que o professor “não ensina nada”
mas se omitem em formalizar qualquer tipo de reclamação na reitoria ou
pessoalmente, porque todos tem proximidade com o professor, e reclamar seria
como trair um amigo, ser desleal.
Ou seja, de fato, há alunos na
classe atual que, aparentemente, não se importam em aprender, porque,
supostamente, só querem um diploma, mas na verdade, todos querem aprender a
utilizar o photoshop.
Querem ter desenvoltura no seu
uso, mas ninguém tem coragem de dizer que não sabem o passo a passo de utilizar
os programas.
Ninguém assume que não sabe sobre
cada ferramenta ou comando que deve utilizar e nem que não tem o programa em
casa pra treinar.
Os alunos tem afinidade com o
professor, consideram que o sustento de sua família também depende de sua renda
como professor universitário e, portanto, se sujeitam a presente situação.
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